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Medicina PreventivaSaúde na Prática

AIDS: entenda a importância de descobrir cedo a doença

Antes considerada quase uma “sentença de morte”, hoje a infecção pelo vírus HIV tem tratamento efetivo.

Em meio aos desafios impostos à sociedade pela pandemia da Covid-19, uma nova descoberta trouxe, novamente, aos holofotes a preocupação com uma doença que jamais deveria ter sido deixada de lado. Responsável pela pandemia mais letal da história moderna já tendo sido responsável pela morte de 36 milhões de pessoas, o vírus da AIDS teve uma nova variante recentemente descoberta. No último dia 3 de fevereiro de 2022, a revista Science, um dos mais renomados veículos médicos do mundo, revelou, através de um artigo, a cepa VB. A nova variante reacendeu um alerta que jamais deveria ter sido apagado. Descoberta na Holanda, ela tem potencial para se propagar de forma mais rápida e aumentar em 3,5 a 5,5 vezes a carga viral da doença no sangue.

No Brasil, apesar das últimas décadas terem sido marcadas por avanços positivos, os números ainda assim preocupam. Quase um milhão de pessoas vivem com a doença em nosso país, sendo mais da metade jovens com idade entre 25 e 39 anos. Em suma, a maior prevalência entre os jovens pode ser interpretada como um contraditório reflexo das conquistas alcançadas pela medicina no tratamento da doença nas últimas décadas. Desse modo, em meio a um contexto onde o tratamento consegue proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes. Assim, os mais novos, que não viveram o auge da letalidade no surgimento da doença, parecem se importar menos com os riscos.

Mas, seja nos anos 80 ou nos dias atuais, a AIDS sem dúvidas merece toda a nossa atenção e preocupação.

A AIDS

Sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência adquirida, a AIDS é uma infecção causada pelo vírus HIV. Ela ataca o sistema imunológico, em especial os linfócitos, deixando a pessoa acometida mais suscetível a outras doenças. Apesar de não possuir cura, hoje já existem tratamentos que possibilitam uma maior qualidade de vida ao paciente.

Como devo lidar com a possibilidade da AIDS

Entre a infecção e o início da deterioração do sistema imunológico do paciente existe uma janela temporal que, em determinados casos, pode chegar a 10 anos. Todavia, agir somente a partir dessa manifestação sintomática mais acentuada pode representar um enorme prejuízo ao tratamento. Portanto, o ideal é descobrir a infecção pelo HIV logo em seu começo.

Mas como descobrir uma doença que eu nem suspeito que posso ter? Tendo uma rotina médica. Ou seja, fazendo consultas e exames de forma regular, preventivamente. O diagnóstico precoce tem como premissa o entendimento de que a saúde deve ser encarada com seriedade. Não priorizada só quando aparecem as dores, os incômodos e os transtornos.

E a facilidade que ter um plano de saúde que atenda às suas necessidades pode te proporcionar, sem dúvidas, pode ajudar, e muito, nessa mudança de cultura. 

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O que devo fazer para contribuir para o diagnóstico precoce da doença

Como já apontamos, ir ao médico de forma regular é o primeiro passo para descobrir a infecção pelo vírus HIV o mais cedo possível. O segundo é possuir uma relação aberta e transparente com o profissional que acompanha o seu caso. Além dos check-ups regulares, você deve sempre informar ao médico caso se submeta a situações que possam te expor ao risco da contaminação.

Quais são os comportamentos de risco para a AIDS

A transmissão do vírus HIV se dá através de secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Dessa forma, existem comportamentos que aumentam o risco de contaminação. No entanto, evitá-los é justamente a forma de prevenir a doença.

Como prevenir a infecção pelo vírus HIV

  • Fazendo sexo, seja vaginal, anal ou oral, sempre de forma segura, com o uso de camisinha
  • Não reaproveitar agulhas para transfusões, aplicações de piercings ou tatuagens, usando sempre descartáveis
  • No caso de mulheres grávidas, realizar todos os exames pré natais, de modo a não correr o risco de contaminar o bebê pela amamentação

Os sintomas da AIDS

Por mais que tenha um potencial extremamente danoso ao organismo, a AIDS costuma ter suas primeiras manifestações sintomáticas de três a seis semanas após a infecção e serem bem leves. Os sintomas mais banais podem ser febre, sudorese, cansaço, dores de garganta e no corpo, ínguas, erupções avermelhadas na pele, perda de apetite e de peso, feridas na boca, náuseas, vômitos e diarreia. 

Em casos mais específicos, a infecção pode causar quadros de depressão, meningite ou questões neurológicas.

Qual médico devo buscar

Como agora você já sabe, para descobrir a AIDS logo em seu início é importante se consultar e fazer exames de forma regular. Um clínico geral, por exemplo, pode ser o médico a prescrever esses exames. No entanto, caso você tenha uma preocupação mais específica, desencadeada, por exemplo, por um comportamento de risco ao qual você tenha se exposto, o infectologista é a quem você deve recorrer. A especialização médica é quem melhor entende e melhor poderá encaminhar os próximos passos.

Como é feito o diagnóstico

Com os avanços da medicina, existem hoje uma série de exames laboratoriais que podem detectar a presença do vírus HIV. O método mais comum é o conhecido como ELISA. Essa sorologia detecta a presença de anticorpos contra o HIV através de uma simples amostra de sangue.

Há, ainda, testes rápidos que podem ser feitos fora de laboratório, a partir de uma simples gota de sangue, punção digital ou amostra de saliva. Para estes, no entanto, por vezes são necessários resultados positivos a partir de dispositivos de dois fabricantes diferentes para que o resultado seja de fato considerado um diagnóstico.

Os perigos da doença

O grande risco ocasionado pela AIDS se dá pelo enfraquecimento que a doença causa no sistema imunológico da pessoa afetada. O vírus ataca as células T CD4, um linfócito importante para proteger o indivíduo de outras infecções em geral. Consequentemente à acentuada diminuição dessas células protetoras, o organismo fica suscetível ao aparecimento de, por exemplo, cânceres e contaminações em geral.

Como é feito o tratamento contra o vírus HIV

Hoje o tratamento pelo qual passa a pessoa com HIV consiste, principalmente, em impedir a multiplicação do vírus no organismo. Mantendo, dessa forma, o sistema imunológico o mais fortalecido possível. Existem uma série de medicamentos antirretrovirais que o paciente poderá utilizar. Mas, é de praxe que o paciente tome uma combinação de três farmacológicos, podendo ser dois deles em um mesmo comprimido, de modo a potencializar os efeitos positivos sobre o organismo.

Por mais que ainda não exista uma cura definitiva para a doença, hoje o tratamento alcança índices bem satisfatórios: 80% dos pacientes conseguem alcançar níveis muito baixos ou indetectáveis de carga viral. Desse modo, a pessoa infectada consegue obter uma qualidade de vida pouquíssima afetada pela doença, tendo somente que manter a disciplina de tomar os remédios de forma correta e uma rotina médica constante. A adoção de bons hábitos e de um estilo de vida saudável, claro, também são benéficos nesse caso.

Os avanços da medicina na busca pela cura da AIDS

Quando o assunto é o HIV, os esforços da medicina estão concentrados em produzir uma vacina efetiva que consiga induzir uma resposta imune do organismo ao vírus. E, nesse sentido, 2022 começou com boas notícias. A farmacêutica Moderna anunciou, em janeiro, que os primeiros participantes de um ensaio clínico de Fase 1 já estavam sendo vacinados.

Em testes realizados anteriormente, o imunizante produziu a resposta imune esperada em 97% dos pacientes. Em comunicado divulgado à imprensa, o presidente e CEO da empresa, Mark Feinberg, anunciou: “Estamos extremamente empolgados em avançar nessa nova direção no design de vacinas contra o HIV com a plataforma de mRNA da Moderna. A busca por uma vacina contra o HIV tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para progredir rapidamente em direção a uma vacina eficaz e urgentemente necessária”.

A importância de ter uma rotina médica na prevenção e tratamento contra a AIDS

Antes considerada quase uma sentença de morte, o tratamento da AIDS vem sendo extremamente potencializado pelos avanços da medicina. E as perspectivas, como mostramos, são de um futuro melhor. Dessa forma, você deve encarar a doença como outra qualquer: sem tabu, mas sim com seriedade e disciplina.

Seja na prevenção à doença, ou no tratamento da mesma, é essencial que haja uma mudança de perspectiva, ao entender a importância de se consultar e examinar de forma regular. Essa mudança de hábito poderá proporcionar o diagnóstico precoce, assim como o entendimento dos comportamentos de risco também poderá ser usado para se conscientizar e evitar a contaminação. 

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