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Saúde na Prática

Apendicite | Entenda mais para não correr riscos

Ela vem sem avisar, mas chega com tudo. A apendicite pode ser banal e facilmente tratável, mas pode gerar grandes problemas se não tratada a tempo.

Você provavelmente já ouviu alguma piada em que alguém se refere ao outro, ou à algo, como um “apêndice”, menosprezando a importância da pessoa ou do objeto em questão. Isso se dá pelo órgão em questão não ser essencial para nosso organismo, e ter até hoje sua função questionada e debatida pela medicina. Mas, apesar das brincadeiras com o apêndice, quando há uma inflamação no mesmo a questão deve ser tratada com a maior seriedade possível. A chamada apendicite é uma das principais causas de cirurgias de emergência no mundo inteiro e, apesar de ser perfeitamente tratável, se não for acompanhada adequadamente pode levar a complicações graves, inclusive à morte.

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O que é a apendicite

A apendicite é a inflamação do apêndice, que, por sua vez, é um pequeno órgão linfático, com formato semelhante ao de um dedo de uma luva, localizado entre a junção do intestino grosso com o delgado. O órgão, ao longo do desenvolvimento do corpo, tende a ir se atrofiando, dessa forma, tornando-se mais estreito e suscetível à obstruções que causam a inflamação em questão.

“A inflamação decorre da obstrução aguda da luz do apêndice, geralmente por um fecalito, levando ao comprometimento da circulação sanguínea e proliferação bacteriana. O principal sintoma do início de uma apendicite aguda é dor, que geralmente inicia ao redor do umbigo e tende a se localizar no quadrante inferior direito do abdômen”, explica o Doutor Giuliano Cigerza, especialista em endoscopia digestiva e membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva.

As principais causas

A obstrução por material fecal costuma ser a causa mais comum para o acontecimento da apendicite. Porém, existem também outras, menos recorrentes, mas que podem levar ao quadro em questão:

  • Obstrução por alimentos não digeridos ou corpos estranhos, como sementes
  • Bactérias do intestino
  • Adenovírus (rubéola, sarampo e mononucleose)
  • Determinados fungos e parasitas
  • Pólipos
  • Cálculos biliares

Os principais sintomas decorrentes da inflamação

O sintoma mais característico da apendicite é a dor abdominal, que costuma aparecer do lado direito e na parte baixa da barriga, na altura do umbigo. A dor aparece de forma pontual, e em um primeiro momento mais fraca, mas que vai aumentando de intensidade até se tornar bastante acentuada.

Contudo, existem outros sintomas que podem ajudar na identificação, que, no caso da apendicite, é essencial que seja feita de forma rápida. São eles:

  • Falta de apetite
  • Enjoo
  • Náuseas e vômitos
  • Perda de apetite
  • Febre baixa persistente (entre 37,5ºC e 38ºC)
  • Mal estar
  • Prisão de ventre ou diarreia
  • Barriga inchada ou excesso de gases
  • Alta sensibilidade na região abdominal

Incidência e dados sobre a apendicite

A apendicite apareceu pela primeira vez na literatura médica de forma detalhada somente em 1886. Desde então, tem-se observado que a enfermidade pode afetar 1 em cada 500 pessoas por ano, especialmente os jovens. Entre as crianças, por exemplo, 4 em cada 1.000 têm o apêndice retirado antes dos 14 anos.

Apendicite crônica x Apendicite aguda

A apendicite crônica se caracteriza quando a inflamação acontece de forma lenta e progressiva, com sintomas mais leves, que podem durar meses e, até mesmo, anos. A forma crônica, no entanto, é muito menos aguda do que o quadro agudo da inflamação, que possui evolução e extremamente rápida, além de sintomas bastante acentuados.

O quadro é mais comum em jovens entre 10 e 30 anos, reunindo algo em torno de 90% dos casos. Apesar de raro, é possível sim que crianças menores do que cinco anos e adultos acima dos 40 sofram desse mal, o que pode levar até mesmo a casos mais graves devido a dificuldade do diagnóstico, justamente pelo caráter incomum do cenário.

É possível prevenir a inflamação?

Até então não há grandes evidências científicas de que haja uma forma certeira e específica de prevenir a apendicite. No entanto, é possível constatar que certos hábitos diminuem as chances de doenças gastrointestinais, o que, por sua vez, é benéfico no “combate” à inflamação.

Adotar um estilo de vida saudável, ou seja, praticando exercícios de forma regular, se alimentando de forma equilibrada, com uma dieta rica em fibras, e se preocupar com a higiene alimentar são dicas relevantes, nesse caso.

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Apendicite: tratamento e riscos

Uma dúvida comum é se é possível tratar a apendicite de forma não cirúrgica. Possível até é, mas extremamente incomum, para casos muito específicos, através do uso de antibióticos. Isso porque, essa modalidade de tratamento possui uma alta taxa de falhas: algo em torno de três a cada dez pacientes. Em contrapartida, mesmo em caso de sucesso, a tendência é que no prazo de um a três anos o indivíduo tenha uma nova crise.

Dessa forma, a cirurgia de retirada do apêndice segue sendo o tratamento mais indicado para a grande maioria dos casos. As principais técnicas são a laparotomia, onde há corte, e a videolaparoscopia, que se faz por vídeo, de forma menos invasiva.

A urgência da cirurgia se dá pelo risco do órgão ser perfurado pelo rápido avanço da doença. Tal quadro pode ocasionar, então, vazamento de fezes para dentro do abdome (peritonite), acúmulo de pus (abscesso), obstrução intestinal (aderência), fístula, infecção generalizada (sepse) e até mesmo risco de morte.

Apendicite x Plano de Saúde

A apendicite não avisa quando vai chegar. E quando ela chega, não te dá tempo para se programar. Mas, mesmo que não seja possível planejar o incidente, é possível planejar a sua saúde com a Duca. Não espere o problema aparecer para pensar na solução. Plano de saúde não é só emergência, é também prevenção. Seja pela apendicite, ou outra casualidade que te faça necessitar de atendimento imediato, é essencial estar protegido.

Através do nosso time você pode ter acesso a um plano de saúde que atenda todas as suas necessidades e te proporcione segurança e tranquilidade, caso, de uma hora para a outra, você seja surpreendido por um episódio como esse. Não deixe pra depois! Faça agora a simulação do seu plano.

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