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Medicina PreventivaSaúde na Prática

Entenda porque Depressão não é frescura, mas sim doença

Mesmo considerada pela Organização Mundial da Saúde "o mal do século 21", a depressão ainda é encarada com ceticismo por quem acha, de forma equivocada, de que a doença nada mais é do que uma simples tristeza.

"Não há saúde sem saúde mental". A afirmação foi feita por ninguém menos que Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, durante o lançamento do Atlas de Saúde Mental, em 2021. Mesmo assim, ainda existem pessoas que deslegitimam que a depressão seja uma doença séria, encarando seus sintomas como uma tristeza banal, ou pior: frescura. No entanto, a patologia é sim real e afeta drasticamente a vida de quem convive com ela. Mas é importante ressaltar: com o acompanhamento e tratamento adequado, a pessoa com depressão pode ter, sim, qualidade de vida e saúde.

O que é a depressão

A Depressão é uma doença psiquiátrica crônica que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo todo. Ela é caracterizada por uma tristeza profunda e sem fim, acompanhada de sentimentos como desencanto, desesperança, baixa autoestima, culpa, dor e amargura. O risco de desenvolver depressão, contudo, é comprovadamente potencializado em situações de pobreza, desemprego, morte de uma pessoa próxima, separação, doenças graves, dor crônica e abuso de álcool e drogas.

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A diferença entre depressão e tristeza

É importante diferenciar a depressão, caracterizada por uma triste patológica, do sentimento de tristeza transitório, causado em virtude de acontecimentos desagradáveis. A morte de um familiar, a perda de um emprego, uma desilusão amorosa ou familiar, por exemplo, tendem a fazer parte da vida de qualquer pessoa, ao menos em determinados momentos, o que inevitavelmente causa sentimentos desagradáveis para quem passa por tais situações. No entanto, em casos como esses o sentimento tende a passar com o tempo, enquanto no quadro depressivo ele se prolonga. "Na depressão a tristeza é um sentimento constante, que se manifesta pela maior parte do dia, quase diariamente, e por um período mínimo de duas semanas", explica o presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, doutor Antônio Geraldo da Silva.

Os principais sintomas da doença

O diagnóstico da depressão é clínico, possível, portanto, somente a partir da análise do quadro paciente e de seu histórico individual e familiar. Porém, é importante ressaltar que não existe um exame específico capaz de diagnosticar a doença, porém existem sintomas típicos que podem ajudar na identificação da doença. Listamos alguns deles e suas características abaixo:

  • Oscilações de humor, perda de interesse em atividades antes prazerosas, choro e irritação constante.
  • Baixa autoestima, sentimentos de solidão, culpa e vazio, sensação constante de rejeição e inutilidade.
  • Dificuldade para executar as tarefas do dia a dia, problemas de memória e concentração.
  • Pessimismo, pensamentos negativos recorrentes, ideias frequentes de morte e suicídio.
  • Desânimo, falta de energia, fadiga constante, perda da libido.
  • Aumento ou perda de apetite, uso indiscriminado de álcool e/ou drogas na tentativa de obter alívio.
  • Distúrbios relacionados ao sono, seja dificuldade para dormir, acordou muito antes do despertador ou dormir demais.
  • Aumento ou perda de peso de forma repentina, dores ou problemas digestivos sem causa aparante e, até mesmo, baixa imunidade.

Formas de prevenir

Diversos estudos comprovam que a prática de exercícios recorrentes propiciam a liberação de hormônios e outras substâncias que são benéficas ao organismo no que diz respeito ao humor. Portanto, manter uma vida ativa e saudável é um hábito que pode ser um importante aliado no combate à depressão. Assim também, há evidências que dão conta de que até mesmo a dieta pode contribuir na prevenção à depressão. Uma dieta rica em azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e oleaginosas, por exemplo, tende a ser benéfica, graças às gorduras e antioxidantes presentes em abundância.

Depressão tem cura?

É complexo falar em cura no caso da depressão. Mas há sim maneiras da pessoa acometida por tal quadro seguir com qualidade de vida mesmo após o diagnóstico. Como em qualquer doença, quanto antes se iniciar o tratamento, melhoras as chances de restabelecimento. O tratamento, então, deve ser administrado por pelo menos um ano de forma contínua, de modo a evitar recaídas caso interrompido de forma precoce.

Existe relação entre hereditariedade, gênero e depressão?

Os fatores genéticos estão sim associados à depressão. No entanto, ter uma predisposição genética não garante, de forma alguma, que a pessoa necessariamente vai desenvolver a doença ao longo de sua vida. Alguns gatilhos, como acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e/ou psicológico, consumo exacerbado de drogas lícitas e ilícitas e algumas doenças sistêmicas, como o hipotireoidismo, podem ser decisivos para o aparecimento do quadro.

No que diz respeito à gênero, por sua vez, há evidências que as mulheres seriam mais susceptíveis ao quadro depressivo. Isto se dá devido à maior oscilação hormonal que as mesmas são expostas, em especial no período fértil.

Como ajudar quem sofre de depressão

É importante e encorajador que a pessoa em estado depressivo se sinta acolhido e abraçada por quem está a sua volta. Então, se pôr à disposição para conversar, ouvir, ajudar e estar presente pode ajudar o indivíduo em momentos difíceis. No entanto, é importante ter a consciência que, por melhoras que sejam as intenções, um leigo não poderá cumprir o papel de um profissional especializado da área. Porém, a maior ajuda que se pode dar para alguém em depressão é incentiva-lo a buscar ajuda médica.

Como tratar a depressão

Na maior parte dos casos, o tratamento para a depressão é feita de forma conjunta por profissionais de psiquiatria e psicologia. Em estágios mais brandos do quadro, a psicoterapia pode ser tratamento suficiente. No entanto, na maior parte dos casos, a combinação da mesma com medicamentos antidepressivos tende a ser o mais recomendado. O uso de remédios atua diretamente no caráter químico da doença. Tendo em vista a influência dos neurotransmissores nos nossos pensamentos e emoções, o que influencia na evolução positiva do quadro.

Porém, é importante entender que não existem medicamentos melhores ou piores, mas sim que se adaptam melhor a cada organismo. Inclusive, um terço dos pacientes tende a não responder ao tratamento inicial, que costuma levar de uma a quatro semanas para funcionar, por isso é importante que o acompanhamento médico seja constante, sobretudo no início.

No que diz respeito à terapia, existem diferentes modalidade possíveis. Sejam elas individuais, em grupo, familiar, de casal, mais breves ou mais longas, a serem indicadas pelo médico de acordo com a necessidade de cada paciente. Existem linhas diferentes de trabalho. As terapias interpessoais ou psicodinâmicas tiveram origem na psicanálise e têm como objetivo estimular o indivíduo a tomar consciência e aprender a lidar com seus conflitos de forma mais adaptativa. A terapia cognitivo-comportamental é outra vertente e tem um aspecto mais prático, com exercícios que ajudam a reconhecer e mudar crenças distorcidas e comportamentos que alimentam o sofrimento.

Existem ainda outros tratamentos mais específicos e alternativos. São exemplos a Eletroconvulsoterapia e a Neuromodulação, que são indicados para os casos maiores, em que os tratamentos convencionais não apresentam os resultados esperados.

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Resumo

O mais importante, porém, sempre será buscar ajuda médica. É importante ter em mente que os profissionais especialistas nesta patologia possuem o estudo e conhecimento necessário para darem o encaminhamento ideal para cada caso em específico. Inclusive, ao contrário do que muitos pensam, existem sim diversos profissionais da psicologia e psiquiatria que atendem pelos planos de saúde. Se for isso o seu interesse em adquirir um novo convênio ou migrar do que já tem, o time de profissionais da Duca poderá te indicar um convênio que atenderá as suas necessidades da melhor forma.

Há, ainda, a possibilidade do reembolso, que é um direito seu. Caso o profissional escolhido por você não esteja dentro da rede credenciada, podemos ajuda-lo no processo de reaver parte do valor investido na consulta através dessa modalidade de pagamento.

Seja lá o caminho que você escolher, não tenha dúvidas: cuidar da sua saúde mental é um passo essencial para viver a sua vida de forma mais saudável. Não deixe isso para depois.

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