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Saúde na Prática

Obesidade não é tabu, é doença

É importante que a pessoa que sofre com a obesidade não seja alvo de preconceito e olhares de julgamento, mas que também busque o devido acompanhamento médico para alcançar a melhor qualidade de vida possível com a sua condição.

A obesidade é uma doença crônica, reconhecida dessa forma por importante órgãos mundiais, como a Organização Mundial da Saúde, a OMS. É importante iniciarmos o texto dessa forma, pois é a falta desse entendimento que faz com que hoje quase 20% dos brasileiros com mais de 18 anos sofram desse mal.

O fato de ser uma doença que torna ainda mais necessário que as pessoas obesas sejam tratadas com respeito e dignidade na sociedade. Tratar esse excesso de peso como algo meramente relacionado à preguiça ou força de vontade é fruto de um entendimento equivocado, ou até mesmo preconceituoso, sobre a condição.

Ao mesmo tempo, o processo de aceitação dos corpos gordos, que é importante para que a pessoa não seja deixada à margem da sociedade e não perca o afeto e respeito pela sua autoimagem não deve estar desacompanhado de olhar clínico para a situação. O acompanhamento médico e a adoção de hábitos saudáveis são fundamentais para a vida de quem se encontra nesse quadro.

O que é a obesidade

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo em excesso de gordura no tecido adiposo. Essa doença, crônico-degenerativa e inflamatória, é multifatorial, ou seja, fatores genético, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais podem ser apontados como a sua causa.

O diagnóstico da obesidade deve ser sempre respaldado pelo acompanhamento médico, mas pode se dar, de forma simplificada pelo cálculo do IMC, o Índice de Massa Corporal. Neste, divide-se o peso do paciente, em quilos, pela sua altura, em metros, elevada ao quadrado. De acordo com o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9 kg/m2, o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9 kg/m2, sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa.

O cálculo do IMC pode, ainda, classificar o grau de obesidade do paciente. A obesidade leve, de classe 1, possui IMC entre 30 e 34,9 kg/m2. Já a moderada, classe 2, tem IMC que vai de 35 a 39,9 kg/m2. Por fim, a obesidade grave ou mórbida, de classe 3, é definida IMC maior que 40 kg/m2. Essa classificação é importante na escolha do tipo de tratamento, quando deve ser clínico ou cirúrgico.

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A obesidade no Brasil e no mundo

Um dos fatores que mais chamam atenção sobre a obesidade é o aumento constante da incidência da doença mundo afora. E o Brasil, da mesma forma, não está fora deste cenário.

Segundo importantes pesquisas realizadas na última década, somente em nosso país o número de pessoas com obesidade cresceu aproximadamente 60% em apenas 12 anos. Olhando para as crianças, o número de obesos aumentou em mais de 4 vezes desde 1989. Hoje, 11% dos brasileiros de 5 a 19 anos possuem obesidade.

Já quando se olha para o mundo como um todo as constatações seguem alarmantes. A obesidade mundial quase triplicou desde 1975, fazendo com que, atualmente, mais de 650 milhões de pessoas sofram com essa condição.

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As principais doenças e riscos associados à obesidade

A obesidade está associada à uma série de doenças que podem causar incapacidade funcional, redução da qualidade e da expectativa de vida e aumento da mortalidade. São, estas que listamos abaixo, algumas delas:

Síndrome metabólica:

As pessoas obesas acabam por sofrer risco aumentado de eventos cardiovasculares e morte. Por outro lado, a redução de peso, associada a um estilo de vida mais saudável, pode reduzir drasticamente a chance de ocorrência de um episódio do tipo.

Doenças respiratórias:

Um aumento de peso de 10% em um intervalo de quatro anos, por exemplo, pode aumentar em seis vezes as chances do paciente de desenvolver a síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS). Esta, por sua vez, pode resultar em uma série de complicações

Doenças hepáticas:

A obesidade pode atuar de forma grave sobre o fígado. No caso da doença hepática gordurosa não alcoólica, por exemplo, a incidência em pessoas com obesidade severa mais que dobra se comparado à pessoas não obesas.

Câncer:

Um IMC elevado, comprovadamente, já se mostrou associada a maior taxa de morte por diversos tipos diferentes de cânceres.

Osteoartrose:

A obesidade está fortemente relacionada a um risco maior de desenvolver osteoartrose do joelho e uma associação moderada de osteoartorse de quadril, podendo acometer aqueles pacientes que são metabolicamente normais. Além disso, a osteoartrose realça a capacidade de a obesidade promover outras doenças em vários órgãos e sistemas.

Diabetes:

90% das pessoas que apresentam diabetes tipo 2 estão acima do peso. Isso se dá porque as condições que levam à obesidade também se relacionam com o surgimento do diabetes, fazendo com que a relação entre as doenças seja simples e direta.

Doenças renais:

Uma série de eventos desencadeados pela obesidade podem contribuir para o desenvolvimento de doença renal crônica.

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As causas da obesidade e como combater a doença

Agora, já ciente de que obesidade é uma doença e os malefícios causados pelor ela, se faz importante entender, também, a raiz da doença. O portal Tua Saúde, um dos principais do país no segmento, listou algumas das principais causas da obesidade e como elas podem sem combatidas:

1. Alimentação rica em açúcar, gordura e carboidratos

O açúcar, a gordura e os carboidratos são alimentos ricos em calorias, que são usadas como fonte de energia para o corpo. No entanto, quando consumidos de forma excessiva, são armazenados na forma de gordura, favorecendo o aumento de peso e o desenvolvimento da obesidade.

Como combater: Fazendo mudanças na dieta incluindo uma alimentação balanceada, conforme orientação do médico e do nutricionista.

2. Falta de atividade física

A falta de atividade física é uma das principais causas de obesidade, especialmente quando não existe um balanço entre o que a pessoa ingere de alimentos e as calorias gastas por dia. A prática de atividades físicas, como caminhada ou natação, por exemplo, é essencial para combater a obesidade. Estes hábitos ajudam a aumentar o metabolismo do corpo, favorecendo o gasto de energia e a queima de calorias, facilitando a perda de peso.

Como combater: O ideal é que, para perder peso, sejam feitos de 150 a 300 minutos de atividades físicas por semana. É fundamental ter uma avaliação médica antes de iniciar os exercícios para avaliar o estado de saúde. Isso além de ter a orientação de um educador físico para evitar lesões.

3. Predisposição genética

A genética está envolvida na causa da obesidade, principalmente quando os pais são obesos, porque quando tanto o pai, como a mãe sofrem com a doença, o filho tem 80% de chances de desenvolver a obesidade. Quando somente 1 dos pais é obeso, esse risco diminui para 40%. Já quando os pais não são obesos o filho tem apenas 10% de chance de ser obeso.

Como combater: Neste caso, obviamente é inviável "hackear" a própria genética. Porém, a prática de exercícios diários e a alimentação pobre em gordura deve fazer parte da rotina, assim como o devido acompanhamento médico.

4. Alterações nos níveis de leptina e grelina

A leptina e a grelina são dois hormônios importantes para regular o apetite e, por isso, quando seu funcionamento não está devidamente regulado a pessoa pode sentir mais fome que o normal. Ou seja, ela acaba por comer uma maior quantidade de comida, e mais vezes durante o dia.

Como combater: Para ajudar a regular os níveis desses hormônios deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar, comidas muito engorduradas, produtos enlatados e processados. Além disso, é importante seguir uma dieta balanceada orientada pelo nutricionista, além de praticar exercícios físicos regularmente.

5. Alterações hormonais

Doenças hormonais raramente são a causa exclusiva da obesidade, mas cerca de 10% das pessoas que tem alguma destas doenças, tem maior risco de ser obesa.

Como combater: Quando constatada tais disfunções, o ideal é controlar a doença que esteja envolvida no excesso de peso. Além de, claro, fazer uma dieta de reeducação alimentar e praticar exercícios diariamente.

6. Distúrbios emocionais

A perda de uma pessoa próxima, de um emprego ou uma notícia ruim podem levar a um sentimento de tristeza profunda ou até mesmo depressão. Estas, por sua vez, favorecem um mecanismo de recompensa, afinal: comer é prazeroso. Mas, como a pessoa se sente triste na maior parte do tempo, não encontra energia para se exercitar, para poder gastar as calorias e a gordura que ingeriu à mais num momento de angústia e dor.

Como combater: Importante buscar ajuda de amigos, familiares e, sobretudo, de um terapeuta para vencer essa tristeza ou depressão. Fazer exercícios também é uma excelente estratégia pois o esforço físico libera endorfinas na corrente sanguínea, que promove a sensação de bem-estar.

7. Remédios que engordam

O uso de remédios hormonais e corticoides também favorecem o aumento de peso e podem promover a obesidade porque incham e podem levar ao aumento do apetite.

Como combater: É importante não interromper nenhum tratamento sem a orientação médica. Neste caso, é importante verificar com o médico a possibilidade de trocar o remédio por outro que se adapte melhor ao organismo.

8. Diminuição da dopamina

A dopamina é um tipo de neurotransmissor, produzido naturalmente pelo corpo, responsável pela sensação de bem estar, prazer e saciedade. Alguns estudos mostram que quando o corpo não produz dopamina em quantidades suficientes, pode levar a pessoa a comer mais ou ter compulsões alimentares. Isto, na tentativa de aumentar os níveis de dopamina no corpo, favorecendo o aumento de peso ou obesidade.

Por outro lado, alguns estudos mostram que a obesidade pode diminuir os receptores da dopamina no cérebro, que são as regiões em que a dopamina se liga para exercer sua ação. Assim, mesmo que a pessoa tenha uma produção normal de dopamina, esse neurotransmissor não age de forma adequada. Dessa forma, isso leva, também, a um aumento da fome como forma de compensar a falta da ação da dopamina no cérebro.

Como combater: para aumentar a produção de dopamina é importante praticar exercícios e comer alimentos como ovo cozido, peixes ou semente de linhaça, que aumentam a serotonina e a dopamina sendo responsáveis por dar a sensação de prazer e bem-estar. Além disso, o endocrinologista poderá indicar ainda o uso de remédios para emagrecer, que diminuem a apetite para que seja mais fácil cumprir a dieta.

Resumo

Como dissemos logo no título do nosso texto: a obesidade é uma doença não deve ser vista como um tabu. Isso tanto no respeito à quem sofre da doença, como também no enfrentamento da mesma. A Duca pode estar ao seu lado nesse processo, te conectando aos médicos necessários para o tratamento ideal.

Nutricionistas, endocrinologistas, cardiologistas, nutrólogos e até mesmos profissionais que cuidam da saúde mental são algumas das especialidades que podem auxiliar o processo de busca por uma vida mais saudável pela pessoa obesa. Nosso time, conhecendo o seu caso e as suas necessidades, pode te apresentar o plano de saúde ideal, que te dê acesso à esses médicos e a mudança de vida que você espera.

Pare de adiar a escolha pela sua saúde.

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