Sífilis: entenda, de uma vez por todas, a doença

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível comum, em que a descoberta logo em seus estágios iniciais faz toda a diferença nas consequências que ela irá causar.
É uma situação comum: as vezes nós sofremos com certos incômodos, sintomas, e a nossa primeira reação é não fazer nada para ver se eles vão desaparecer naturalmente. Quando isso acontece, a infecção, a dor, ou seja lá o que fosse, vai embora sem qualquer tratamento ou intervenção, é uma boa notícia, não é mesmo? Sinal que nosso corpo faz a sua função e resolveu o problema, certo Não necessariamente. Quando se trata da sífilis, o que narramos acima é o roteiro ideal para que, aquilo que poderia ser um tratamento simples e sem grandes consequências, venha a evoluir para um quadro grave e que pode levar à complicações sérias e, até mesmo, à morte.
Transmitida majoritariamente por meio do sexo sem a devida proteção, a doença aparece inicialmente com sintomas pouco agressivos, que tendem a desaparecer em duas a seis semanas. No entanto, quando ignorados, os sintomas podem voltar após seis meses, ou até mesmo, de dois até 40 anos após a primeira infecção. O problema é que, quanto mais tarde descoberta, mas agressiva a sífilis se manifesta e pior podem ser suas consequências.
Como devo lidar com a doença ou a possibilidade dela
Existem duas principais formas de evitar a sífilis: sexo feito de forma segura e conhecimento. O uso de camisinha será a forma mais efetiva de você evitar a doença. Por mais que ela não elimine por completo o risco da infecção, já que lesões na boca também podem ser responsáveis pela transmissão, a possibilidade de contágio fica bastante reduzida dessa forma. No caso de quem possui parceiro fixo, o ideal é que ambos sejam devidamente examinados e descartadas as chances de estarem com a doença. Dessa forma ,aí sim, adotarem de forma segura outro método contraceptivo que não a camisinha, caso seja essa a vontade.
Além do uso de preservativos, o conhecimento também é uma das principais formas de lidar com a sífilis. Por conhecimento, leia-se não tratar como tabu as doenças sexualmente transmissíveis. Deve-se entender que elas são uma possibilidade até mesmo para quem não adota comportamentos considerados de risco. Portanto, conhece-las, seus sintomas e riscos e, principalmente, se sentir confortável em buscar um médico e falar abertamente sobre, sempre que julgar necessário, é essencial.
Nesse sentido, ter um plano de saúde que atenda suas necessidades médicas de forma eficiente é o primeiro passo para que você consiga construir essa relação de confiança com o médico. Além da segurança e respaldo que a chancela do plano àquele profissional irá te proporcionar, a regularidade de consultas que o convênio pode te proporcionar fará a diferença para que você consiga fazer o todo necessário para levar uma vida com mais saúde. Possibilitando, assim, que sífilis seja descoberta logo em seus estágios iniciais.

Conheça os diferentes estágios da doença, seus sintomas e possíveis consequências
Como já dissemos, quanto mais tarde descoberta a sífilis, mais ela tende a ser perigosa. Nesse sentido, existem diferentes estágios da doença, que variam justamente no que diz respeito ao tempo desde à infecção.
Sífilis primária:
Este é um momento crucial, pois é justamente onde os sintomas podem ser menosprezados e, consequentemente, permitida a evolução da doença. O estágio primário costuma se manifestar entre 10 e 90 dias após o contágios. Nele, o sintoma mais comum é o aparecimento de uma ferida única. Esta lesão que não dói, não arde e nem coça, e que pode surgir, principalmente, nos órgãos sexuais. Ela desaparece espontaneamente entre duas e seis semanas.
Sífilis secundária:
Quando não devidamente diagnostica e tratada em seu primeiro estágio, a sífilis evolui para a fase secundária. Esta tende a voltar seis meses após o fim dos sintomas iniciais. No entanto, dessa vez a doença já pode afetar todos os órgãos do corpo. Podem ser observadas erupções cutâneas e mandas em áreas como as palmas das mãos e a sola dos pés. Além destas, o acometido também pode sentir alterações visuais, resultando em uma visão turva ou prejudicada. Assim como na fase primária, os sintomas também desaparecem de forma natural.
Sífilis latente:
Neste caso, a infecção já aconteceu há pelo menos dois anos e os sintomas já não mais se manifestam. Consequentemente tornando o diagnóstico possível somente após exames específicos e testes laboratoriais.
Sífilis terciária:
Esta sim, a principal consequência da falta de tratamento. Algo em torno de 15% a 25% das infecções não tratadas pela sífilis são justamente de seu estágio terciário. As consequências vão desde feridas nos órgãos sexuais e na pele em geral à lesões potencialmente perigosas nos ossos e nos sistemas neurológico e cardiovascular. Nesses casos, mais graves, a sífilis pode levar o paciente a quadros mais graves, como o de meningite e de um acidente vascular cerebral. Além disso, pode torná-lo mais predisposto à infecção pelo vírus da Aids, já que as feridas nas áreas mais expostas durante o ato sexual aumentam o risco da entrada do vírus. Tendo em vista todo esse quadro, é importante ressaltar que sim, se não tratada a sífilis pode levar à morte.
Há, ainda, a sífilis congênita, que pode acontecer durante o período da gravidez, e, devido aos seus riscos, merece especial atenção.
Sífilis congênita: o que é e seus riscos para a mãe e o bebê
Nesta forma da doença, a bactéria responsável pela infecção é transmitida da mãe para o feto durante o período gestacional, ou, até mesmo, no parto. O bebê pode manifestar sintomas como aumento do fígado, corrimento nasal, icterícia, anormalidades na formação do esqueleto, inchaços e anemia já nos primeiros dias de vida ou após os dois primeiros anos. Em ocorrências mais graves, a sífilis congênita pode causar ainda complicações como parto prematuro, aborto espontâneo, cegueira, surdez, má formação ou morte na hora do nascimento.
Qual médico devo procurar ao suspeitar da doença
Primeiro, é importante destacar que o ideal é que, mesmo que não suspeite da doença, sempre que adotar um comportamento sexual de risco você busque um médico e relate de forma honeste o que aconteceu para que seja dado o devido encaminhamento. No caso dos homens, o mais comum é que, ao suspeita da doença, seja buscado um urologista, já que as lesões na fase primária costumam aparecer na região do pênis. Já as mulheres, pela mesma lógica, costumam ter o diagnóstico feito inicialmente por um ginecologista.
No entanto, quando a doença já avançou para a fase secundária, em que as lesões aparecem em outras partes do corpo, é comum também que a descoberta seja feita por um dermatologista. Paralelo à todos esses, o profissional infectologista também possui total capacidade e expertise para fazer o diagnóstico e as devidas indicações dos próximos passos.
No caso da sífilis congênita, quando descoberta ainda durante a gravidez, o mais usual é que seja um obstetra a descobrir o caso, enquanto, nas manifestações após os dois anos de idade, um médico pediatra.
Como é o tratamento
Fora casos específicos, em que haja alergia ao medicamento, o tratamento para a sífilis é feito a base de penicilina, antibiótico bastante difundido. A variação irá se dar de acordo com o estágio da doença. Para o estágio inicial da doença, uma única aplicação da injeção pode já ser suficiente. Já para casos mais avançados, o tratamento pode se prolongar para injeções semanais por três semanas e diárias por 14 dias, tudo a ser avaliado pelo médico que acompanha o paciente.
No caso da sífilis congênitas, serão levados em conta os riscos para as possíveis malformações do feto para que as dosagens e periodicidade das aplicações sejam definidas. O tratamento pode ser feito ainda durante a gravidez, ou logo após o nascimento da criança.
Como meu plano pode ser meu aliado contra a sífilis
Pra nós da Duca, isso é um lema: acompanhamento médico regular salva vidas. Como mostramos ao longo desse texto, assim como em várias outras doenças, o que vai determinar se a sífilis vai evoluir para um quadro grave, ou se tornará uma doença facilmente controlável será justamente a detecção precoce. E só descobre quem vai ao médico. Não espere algo virar um problema para pensar em uma solução. Garanta a sua saúde e da sua família com a Duca.
